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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Educação Libertadora: uma busca do CEJA Prof. Alfredo Marien Prof. Éderson Andrade

Pensar na Educação de Jovens e Adultos – EJA é pensar Paulo Freire, ambos se tornam sinônimos quando se busca a educação de qualidade para os sujeitos que estão inseridos nesta modalidade.

O sentido desta educação esta intimamente ligada ao estreitamento da educação popular – saberes construídos no processo histórico de cada pessoa – com a educação escolar formal – sistematização dos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade.

A ligação destes deve ser o cerne da educação libertadora, que propicia ao educando o ato de conscientização dos espaços políticos, sociais, econômicos e culturais que ele esta inserido. É desvelar o mundo que o cerca. É transformar o ato educativo em possibilidades de avanços na vida real, na vida dentro e fora da escola.

A educação libertadora pregada por Paulo Freire é o real sentido para que homens e mulheres se tornem atores protagonistas do seu mundo. É promover a construção cultural de forma participativa e crítica. É propiciar uma transformação no posicionamento dos educandos, de forma que eles se vejam como sujeitos ativos do processo educacional.

Desta forma, trabalhar na perspectiva freiriana é fundamentar o fazer consciente e crítico dos sujeitos que estão na esfera escolar. É saltar dos conteúdos da educação formal e se transportar ao mundo dos saberes cotidianos, sem perder a ligação exigida entre as duas perspectivas.

Assim, devemos nos posicionar, a fim de construirmos sujeitos que tomem decisões, que se afirmem enquanto atores participantes da vida, que se vejam enquanto protagonistas no cenário político, que construam responsabilidade social, que construam a sua cultura.

Por isso o fazer pedagógico na perspectiva de LIBERDADE, não pode ser cru, não pode ser vazio, deve ser contextualizado, deve estar ligado aos cotidianos dos sujeitos. Não se pode pensar com a racionalidade técnica que abraçou toda a concepção educacional em décadas passadas. É preciso avançar, para construirmos uma escola que dê condições aos educandos nela inseridos construírem saberes como prática de educação ao longo de suas vidas, saberes para a prática da liberdade.